sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Biomas Brasileiros


BIOMAS BRASILEIROS

Bioma se caracteriza por ser uma grande comunidade, ou conjunto de comunidades, distribuída numa grande área geográfica.

Bioma da Caatinga
No Brasil, há uma grande variedade de formações vegetais, especialmente por causa de sua grande extensão. Muitos estudiosos calculam que cerca de 10% de todas as espécies vegetais do planeta concentrem-se em nosso território.
Bioma se caracteriza por ser uma grande comunidade, ou conjunto de comunidades, distribuída numa grande área geográfica, caracterizada por um tipo de vegetação dominante.
Floresta Amazônica

BIOMA AMAZÔNICO

Também conhecida como Hiléia, essa imensa floresta latifoliada equatorial ocupa uma área total na América do Sul da ordem de 6,5 milhões de km², estendendo-se também por terras da Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Desse total, 4,9 milhões estão em território brasileiro, correspondendo a aproximadamente 60% das terras brasileiras. Dessa forma, a Floresta Amazônica ocupa a quase totalidade da região Norte, a porção setentrional do Mato Grosso e a porção ocidental do Maranhão.
Na Floresta Amazônica, extremamente heterogênea e densa, predomina o clima equatorial úmido. Somadas - densidade e heterogeneidade das espécies vegetais e clima -, essas características tornam muito difícil a circulação de pessoas no seu interior. Calcula-se que essa floresta concentre mais de um terço de todas as espécies vegetais e animais de nosso planeta, com mais de 2.500 espécies de árvores. Como a topografia da Amazônia apresenta-se em três níveis, a floresta também se divide em três estratos, que são:
Mata de igapó: corresponde ê porção da floresta que se assenta sobre o nível inferior da topografia - denominada verdadeira planície, ou planície de inundação -, onde solo está permanentemente inundado. É o trecho mais intrincado da mata, com árvores baixas e um grande número de lianas e cipós, entre outros, que lhe dão um aspecto de impenetrabilidade.
Mata de várzea: ocupa a porção do relevo denominada teso ou terraço fluvial, onde as inundações são periódicas. Como o solo dos terraços: não fica permanentemente inundado, as árvores: atingem uma altura maior, cerca de 40m. É uma formação intermediária entre as matas de igapó e as de terra firme.
Mata de terra firme: corresponde ao trecho da floresta localizada na porção mais elevada do relevo – os baixos planaltos ou baixos platôs –, sendo por isso mais desenvolvida e exuberante. Como o solo está livre das inundações, as árvores são as mais altas da floresta, tendo entre 40 e 60m de altura. O entrelaçamento das copas quase impede a passagem da luz.
A topografia Amazônica

BIOMA DA MATA ATLÂNTICA

No Brasil, grande parte das florestas tropicais consistiam a Mata Atlântica, assim batizada durante o século XVI, quando da chegada dos portugueses à América. Por caracterizar-se como uma floresta tropical, a Mata Atlântica assemelha-se bastante à Floresta Amazônica: é exuberante, heterogênea, intrincada, latifoliada e perenifólia. Originalmente era encontrada ao longo do litoral, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, porém foi intensamente devastada. Característica de uma região cujas temperaturas são elevadas e o teor de umidade, alto, o que resta dessa floresta é, hoje, protegido por uma legislação específica com fins de conservação. Assim, temos em sua área diversas Unidades de Conservação nas quais medidas restritivas procuram evitar maior desmatamento e preservar a fauna e a flora.
Nas porções interiores do sudeste brasileiro, a floresta tropical aparecia em quase todas as terras drenadas pelos rios da Bacia do Paraná, o que lhe confere uma outra denominação: Mata da Bacia do Paraná. Nos litorais das regiões Sudeste e Sul, a Serra do Mar dificultou a ocupação humana e a exploração florestal. Conseqüentemente, houve uma certa preservação da mata nessas regiões. Entretanto, mesmo nessa área a floresta está sendo devastada pela ação dos madeireiros e pela abertura de estradas, entre outros fatores.
Por localizar-se em regiões de maiores altitudes, a Mata Atlântica corresponde aos climas tropical úmido, tropical de altitude e subtropical úmido. A maior amplitude térmica desses climas favorece a presença de uma biodiversidade maior do que a de sua irmã do norte. Na verdade, a Mata Atlântica é o bioma com a maior biodiversidade do país.

BIOMA DAS ARAUCÁRIAS

Essa formação, que se estendia originalmente do sul de São Paulo ao norte do Rio Grande do Sul, constitui uma variação da floresta boreal do Hemisfério Norte. Portanto, é uma floresta aciculifoliada subtropical adaptada ao clima subtropical úmido predominante do sul do Brasil, menos quente e úmido que o equatorial e o tropical e menos frio que os climas predominantes nas regiões das coníferas.
Trata-se de uma vegetação relativamente homogênea, que apresenta poucas variedades. Sua espécie dominante é a Araucaría angustífolía, ou pi¬nheiro-do-paraná, árvore cujo tronco atinge de 25 a 30 m de altura e que apresenta ramificações apenas no seu topo. É uma formação aberta, ou seja, pouco densa, não oferecendo grandes obstáculos à circulação no seu interior, fato que facilitou sua intensa exploração e devastação.
Em virtude da numerosa presença de pinheiros, o extrativismo vegetal predominou de tal forma que a Mata de Araucárias tornou-se a principal fonte produtora de madeira do país.
O produto principal é o pinho, que, embora não seja uma madeira-de-lei, tem inúmeras aplicações econômicas, seja na indústria de móveis e na construção civil, seja na indústria de papel e celulose.
Bioma do Pantanal

BIOMA DOS COCAIS

Transição entre a vegetação que se desenvolve na maior parte do Nordeste e a Mata Amazônica, essa é uma formação vegetal típica do Meio-Norte nordestino. Exposta aos climas dessas duas localidades – equatorial úmido a oeste e semi-árido a leste –, essa vegetação reflete a redução da umidade no sentido oeste-leste.
Nas regiões menos úmidas, leste do Piauí e litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte, encontramos a carnaúba, palmácea que atinge até 20 m de altura. A carnaúba é conhecida na região como "a árvore da providência" porque dela tudo se utiliza. As raízes são usadas para infusões medicinais, o tronco para fazer paredes em casas, as folhas recobrem o teto, o fruto é consumido como alimento, e as sementes, torradas e moídas, substituem o café. Mas é a folha da carnaúba, com base na qual se produz cera, que tem o maior aproveitamento econômico.

BIOMA DO CERRADO

Essa formação, que também pode ser denominada "savana-do-Brasil", ocupava originariamente cerca de 25% do território brasileiro, ou seja, um pouco mais de 2 milhões de km2. Por isso, é considerada a segunda maior formação vegetal do país; entretanto, a devastação causada pela ocupação humana vem reduzindo gradativamente essa participação.
Típico de áreas de clima tropical com duas estações bem marcadas - verão chuvoso e inverno seco -, o cerrado se distribui por terras de dez estados brasileiros no interior do chamado Brasil Central, incluindo a maior parte da região Centro-Oeste, o sul do Pará e do Maranhão, o interior de Tocantins, o oeste da Bahia e de Minas Gerais e o norte de São Paulo. Toda essa área faz parte de três importantes bacias hidrográficas brasileiras: a do Araguaia-Tocantins, a do São Francisco e a do Paraná.
Caracterizado pelo predomínio de pequenas árvores e arbustos bastante retorcidos, com casca grossa, geralmente caducifólias e com raízes profundas, no cerrado também encontramos gramíneas e mesmo florestas, denominadas cerradão, cujas árvores podem superar os 15m de altura. Segundo especialistas, nessa formação a biodiversidade é comparável à da Floresta Amazônica: sabe-se que em seu interior coexistem mais de 400 espécies diferentes de árvores e arbustos esparsos.
A origem dos cerrados é ainda uma incógnita. Para alguns, é produto do clima, cuja estiagem estende-se por um período de 5 a 7 meses do ano. Para outros, sua origem está relacionada ao solo, extremamente ácido e pobre em nutrientes. O mais provável é que o cerrado resulte da ação de todos esses fatores ao mesmo tempo. O cerrado brasileiro vem sendo ocupado intensamente por atividades agrárias, em especial a plantação de soja, desde que se passou a fazer a correção da acidez do solo com adubos e outros corretivos químicos.
Biomas brasileiros

BIOMA DA CAATINGA

A caatinga é uma formação vegetal que se distribui, à exceção do Maranhão, por terras de todos os estados nordestinos, e ainda avança até o norte de Minas Gerais, ocupando cerca de 11 % do território brasileiro. Seu nome deriva do tupi caa, que significa "mata", e tinga, "branca", por causa de seu aspecto esbranquiçado.
É típica do sertão nordestino, de clima semi-árido, cuja umidade fica abaixo dos 700mm de precipitação anual. Por essa razão, a vegetação apresenta folhas por cerca de 3 ou 4 meses, durante a estação das chuvas. Essa formação, portanto, é caracterizada como caducifólia e xerófila: as plantas, para sobreviverem às secas, desenvolveram formas de adaptação diversas. Algumas, como as cactáceas, apresentam espinhos em suas folhas a fim de reduzir a transpiração; outras perdem as folhas a fim de não perder água. O solo, raso e pedregoso, contribui para a manutenção dessas características. A água das chuvas não é armazenada, pois se infiltra rapidamente.

BIOMA DOS CAMPOS

Na vegetação brasileira nativa os campos são formações herbáceas que geralmente aparecem em forma de manchas de pequena extensão, distribuídas descontinuamente pelo interior do país. Bastante diversificadas, essas formações relacionam-se à existência de topografia suave ou climas mais frios e secos. Se aparecem exclusivamente gramíneas, denominam-se campos limpos, e se as gramíneas estão misturadas a pequenos arbustos, denominam-se campos sujos. Entre as diversas áreas de formação campestre, merecem destaque: os Campos meridionais como a Campanha Gaúcha, no Rio Grande do Sul; os Campos da Hiléia como as formações rasteiras encontradas em áreas inundáveis como a Ilha de Marajó; e os Campos de altitude encontradas acima de 100m de altitude como na Serra da Mantiqueira, no Sudeste.

BIOMA DO PANTANAL

O Pantanal faz parte da Bacia Platina, que, agrega três bacias hidrográficas: a do rio Paraguai, a do rio Uruguai e a do rio Paraná. Localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de terras do Paraguai e da Bolívia. Constituindo-se na maior área úmida continental do mundo, com altitudes que variam entre 100 e 200 metro.
O bioma do Pantanal apresenta espécies de quase todos os biomas brasileiros: caatinga, campos, floresta tropical e cerrado.
A alternância das estações chuvosa e seca determina o ritmo da vida no Pantanal: durante a época das chuvas (novembro-abril), as águas cobrem cerca de dois terços da região, pois o fato de ela ser cercada por montanhas e as baixas altitudes dificultam o escoamento das chuvas.
A partir de abril ou maio tem início o período mais seco do ano, o que se reflete na lenta redução do nível de água dos rios. Quando os terrenos secam, permanece sobre sua superfície uma fina camada de lama humífera, composta por uma mistura de areia, restos de animais e vegetais, sementes e humos, que fertiliza o solo e facilita o desenvolvimento da vegetação novamente.

FORMAÇÕES LITORÂNEAS

Por toda a extensão do litoral brasileiro, encontramos formações que abrigam grande variedade vegetal. As principais são: vegetação de dunas, vegetais rasteiros de raízes profundas e de grande extensão horizontal; restingas, que misturam espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas; e manguezais, que se adaptam à intensa salinidade e à falta de oxigenação do solo das áreas sujeitas às marés.
Os manguezais são essenciais para a renovação da vida, pois são utilizados para a reprodução de muitas espécies marinhas, e também como fonte de alimentos.




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